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Como prevenir pneus furados

Há poucos sentimentos tão frustrantes quanto o de perceber que você está a muitos quilômetros de casa e o pneu da sua bike está murchando. Você aumenta a força na perna e segue mais um pouco, mas é inevitável – seu pneu está furado.

Mas se você tomar as precauções certas, pode aumentar suas chances de sair neste cenário desanimador. Embora existam maneiras bem rápidas de reparar um pneu furado, a melhor maneira de continuar rodando é evitar o furo, o que começa bem antes de você subir na bike.

Antes de pedalar

Quando você está se preparando para uma pedalada, seja no asfalto ou na trilha, dedique um tempo para inspecionar os pneus, buscando detritos como pequenas pedras pontiagudas ou vidros que podem ter penetrado na borracha. Mesmo que algum objeto desse tipo não tenha perfurado o pneu, fazer mais força sobre ele ou algum impacto pode forçá-lo mais adentro, furando a câmara. Ao remover esses potenciais problemas, as chances de furo já diminuem muito.

Garantir que os pneus estejam com a pressão adequada também é muito importante. O motivo mais comum para furos em pneus é a baixa pressão. Verifique na lateral do pneu qual é a pressão recomendada pelo fabricante. Normalmente, bikes speed têm seus pneus inflados entre 90 e 130 PSI, enquanto os pneus de mountain bikes ficam entre 30 e 50 PSI.

A maioria das bombas possui um medidor da pressão do pneu, então fique de olho para não colocar pressão demais também.

Tipos de furo

Existem algumas diferenças entre os furos que podem deixar um ciclista na mão, mas muitos deles são fáceis de evitar.

Se o pneu está inflado abaixo do mínimo recomendado, ao passar com a bike sobre pedras, meio fio ou bordas pontiagudas, a parede do pneu é forçada entre o aro e o objeto do impacto, o que causa pequenos furos na câmara.

No entanto, se o pneu estiver muito inflado, ele pode explodir ou a câmara pode sair pela borda do pneu.

Um furo que lentamente diminui a pressão do pneu também pode ocorrer. Ele faz com que você tenha de inflar o pneu com frequência. O problema desses furos é a dificuldade em encontra-los, já que são muito pequenos. Na maioria dos casos, compensa trocar a câmara por uma nova.

Os pneus corretos e os acessórios

Você também pode reduzir as chances de ganhar um furo por escolher um pneu que seja desenvolvido para resistir a furos. Muitos pneus possuem reforços que aumentam a proteção da câmara.

Você também pode amentar a proteção dos pneus instalando fitas anti-furo no pneu, que impedem a passagem de objetos pontiagudos para a câmara. Fica um pouco mais difícil tirar e colocar a câmara ao utilizar essas fitas. Existem também os selantes, que impedem o ar de sair pelos furos, pois os veda assim que se abrem.

Se você não quiser comprar pneus reforçados, pode optar por colocar câmaras mais resistentes. Muitos ciclistas concordam que este é o método mais barato e fácil de aumentar a durabilidade dos pneus e a resistência contra furos.

Reparando

Quando você troca um pneu furado, é crucial encontrar o furo e eliminar as chances de que isso ocorra de novo. Para fazer isso, localize o furo na câmara e depois localize o local correspondente no pneu, procurando por objetos pontiagudos, rachaduras ou outros danos. Como regra geral, sempre verifique a parte interna do pneu antes de colocar uma câmara nova, para evitar perder esta última caso haja algum objetivo perfurante.

Ao instalar uma câmara nova, faça com calma e paciência para diminui a chance de furá-la. Certifique-se de que a câmara está nivelada com o interior do aro e do pneu e distribuída uniformemente.

Fique atendo a essas dicas e tenha mais segurança e tranquilidade ao pedalar.

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Pedalar é bom. Mas tome cuidado com o joelho.

As bicicletas estão na moda. Tem sido frequente ver a moçada engajada na salvação do planeta indo e vindo de “bike” como alternativa de transporte.

Há quem nunca tenha aprendido a se equilibrar em cima de uma, mas aqueles que passaram a infância e talvez outras idades em cima de duas rodas sabem que, além de fazer bem para a saúde, andar de bicicleta é um grande prazer.

Se você tem pensando em reativar esse hábito tão gostoso e saudável leia aqui algumas dicas imprescindíveis para evitar dores e lesões futuras.

Vários fatores devem ser avaliados para que o ato de andar de bicicleta seja proveitoso e seguro. Dores no joelho são, provavelmente, a queixa mais frequente entre os ciclistas, juntamente com dores na região lombar.

Abaixo vamos indicar os vários ajustes necessários para que o ciclista não desenvolva um problema de joelho.

O Selim

A altura inadequada do selim pode provocar dores na frente do joelho (região patelar, antiga rótula). Quando o selim está baixo, o joelho flexiona demais, e o excesso de flexão comprime as estruturas da articulação. A posição ideal do selim é na horizontal e em uma altura que permita que o joelho fique ligeiramente dobrado. Há uma outra medida para ajustar a altura: o joelho não deve flexionar mais que 90° no ponto mais alto do arco da pedalada. Além disso, é importante que o quadril não oscile durante o movimento.

Desvios posturais

A posição dos joelhos em relação à linha média imaginária do corpo também é importante. Se, caminhando, seus joelhos são excessivamente para dentro (valgos) ou para fora (varos) isso interferirá ao andar de bicicleta. A correção da postura com um profissional especializado evitará uma lesão futura.

Cadência

Pedalar empregando baixa cadência de rotação, em marchas pesadas, e aumentos na carga de treinamento (volume ou intensidade) de maneira não-gradual também pode causar problemas. Se a sua bicicleta não é de marcha, evite ladeiras e evolua lentamente, tanto no tamanho do percurso quanto na inclinação do terreno. O ideal é trabalhar na frequência de cadência em torno de 70 pedaladas por minuto.

Saiba que o joelho é uma estrutura delicada que merece cada vez mais atenção com o avançar da idade. Lesões por esforço repetitivo no uso da bicicleta podem impossibilitar a prática por muito tempo, assim como, atingir outras regiões importantes como o tendão do calcâneo (de Aquiles), virilhas e pés.

Não se esqueça: antes de sair pedalando, faça uma série de alongamentos nas pernas.

Se possível, faça um trabalho de fortalecimento dos músculos da coxa e da panturrilha.

Se houver qualquer dor depois de pedalar, procure um médico especialista para avaliação.

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Como escolher sua primeira bicicleta

Saber o que você quer da bicicleta é o primeiro (e mais importante) passo para a escolha da sua companheira do asfalto ou das trilhas.

Entrar hoje em uma loja de bicicletas é como escolher o carro na concessionária. Tipos, modelos, tamanhos e acessórios existem aos montes e para todos os bolsos. A melhor bike, no entanto, deve ser aquela que mais se adequa à forma como você pretende usá-la. O custo também é importante e deve ser condizente com o seu bolso, e deve evitar gastar aquela fortuna ao investir na sua primeira bike. Comprar uma bicicleta ruim, ou que não condiz com o uso que fará dela, é o primeiro passo para você deixá-la encostada acumulando poeira.

Saiba o que você quer para sua bicicleta

A primeira escolha é a mais simples. Se o seu objetivo for treinar ou fazer uma atividade aeróbica complementar à musculação, você poderá optar pela mountain bike ou pela bike de estrada. A primeira é um curinga do ciclismo.: encara desafios em qualquer terreno e condição, na cidade ou fora do asfalto. Ela conta com muitas marchas na relação de transmissão, que permite achar sempre uma marcha ideal tanto nas subidas quanto nos trechos de velocidade. Já a bike de estrada potencializa a velocidade e prioriza o desempenho, e deve ser o foco de quem busca um treinamento regular e resistência aeróbica. Como o nome sugere, estradas com pisos nivelados é seu habitat.

Agora, se o propósito for apenas dar um giro nos fins de semana ou usá-la como meio de transporte na cidade, opte por bicicletas urbanas ou modelos híbridos, com geometria mais simples, bagageiro e guidão alto favorecendo o conforto. As mountain bikes também são opções adequadas.

Componentes

Após definir o tipo de bicicleta, é importante analisar os seus componentes antes da compra. A qualidade e o equilíbrio entre eles variam muito, determinando o valor final da bicicleta. Quanto mais leves e resistentes forem os componentes, mais caras ficam as bicicletas; bicicletas com componentes de qualidades semelhantes têm custos finais próximos. A recomendação dos especialistas é: defina uma faixa em torno do valor a ser investido, e sempre tente comprar a melhor bicicleta cujo preço situe na parte superior da faixa.

Sob medida

Bicicletas grandes demais ou pequenas para o sua estatura podem ser causa de dores e desconforto. Não adianta comprar uma bicicleta muito cara, ou aproveitar uma promoção, se ela for do tamanho errado. Perde-se rendimento e possíveis dores podem fazer você parar de pedalar.

Muitas lojas especializadas oferecem o serviço de bike fit, que ajusta a bicicleta à estatura do ciciista O tamanho correto do quadro, o ajuste correto da altura do selim, da distância do guidão, do pedivela e de outros componentes, aumentam o conforto e o prazer de pedalar, e previnem lesões. Confira abaixo alguns ajustes importantes:

Guidão – Baixo, ele favorece o rendimento (no caso de uma bike de estrada). No entanto, pode causar tensão na região lombar e no pescoço, tanto no trapézio quanto na cervical, além de sobrecarregar os tríceps. Alto, o guidão aumenta o conforto e também a resistência do corpo ao ar. Embora muitos usem o antebraço como medida entre o selim e o avanço (ou mesa), a prática é controversa. Alguns especialistas preferem usar o joelho como referência. Sentado na bike, com um dos joelhos à frente e apoiado no pedal (paralelo ao chão), a patela deve estar alinhada ao eixo do pedal. Já o guidão deve bloquear a visão do cubo (centro) da roda da frente, de forma a não causar uma hiperextensão no pescoço.

Quadro – O tamanho de uma bicicleta está relacionado diretamente ao seu quadro. Se muito curto, ele gera insegurança e desequilíbrio; se longo, pode ocasionar dor na região lombar. Para encontrar o tamanho certo de quadro, deve-se medir o “cavalo” do ciclista – que vai do início da região interna da coxa até o pé. Com essa medida, faça a seguinte conta:

  • Em bike de estrada: multiplique a altura do cavalo por 0,65. O resultado é dado em centímetros.
  • Em mountain bike: subtraia 10 cm da altura do cavalo e divida por 2,54 (uma polegada). O resultado é em polegadas.

 Selim – É o banco da bicicleta. Quando muito alto, força a virilha e as panturrilhas, esticando o tendão calcâneo e dificultando a descida da bike. Se baixo, força demais a patela, os ligamentos e tendões e prejudica a potência da pedalada. Mantenha-o na altura da crista ilíaca da bacia. Quando sentado, a perna deve ficar estendida, mas relaxada, com o calcanhar apoiado no pedal. Para se certificar, pedale para trás nessa posição. Se o quadril se movimentar, é porque o selim ainda está alto.

Aproveite bem essas dicas e boas pedaladas!

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Lubrificante à base de cera ou cerâmico: Qual o melhor?

Ambos possuem propriedades lubrificantes, sendo que sua resistência a água irá variar de acordo com suas distintas fórmulas. Quimicamente falando, as ceras são de origem animal e/ou vegetal (como as parafinas derivadas do petróleo), exatamente como as ceras utilizadas em velas, cosméticos ou pintura. Esta cera é submetida a um processo de modificação mediante aditivos (cera microcristalina, goma, polietilenos, etc.), para proporcionar propriedades elásticas e adesivas, segundo o objetivo que se busque. A cera é misturada com água, sendo que a maior ou menor viscosidade do lubrificante será determinada pela quantidade da água em sua fórmula. Após a aplicação, uma vez seca, permanece aderida na corrente da bicicleta, razão de sua durabilidade.

Já os lubrificantes cerâmicos incorporam, além de componentes graxos (óleos sintéticos ou minerais), partículas de cerâmica, um material inorgânico que, uma vez submetido a processos térmicos, proporciona uma alta resistência mecânica à compressão. Devido isto, costuma ter resultados superiores a outros revestimentos como o Teflon na hora de resistir a pressão entre a corrente e o cassete/coroas, com uma estrutura que aguenta muito tempo sem quebrar ou separar, proporcionando uma proteção mais duradoura do que no caso de lubrificantes comuns. Como as partículas cerâmicas são mais pesadas que o lubrificante do frasco, é necessário agitar vigorosamente o mesmo antes de utilizá-lo.

Qual é o melhor?

Dependerá basicamente das preferências e necessidades de cada tipo de usuário. Em teoria, ambos os tipos de lubrificantes são muito duráveis e mantém a transmissão (cassete, corrente e coroas) limpa por muito mais tempo do que quando se utilizam lubrificantes convencionais. Em geral (com certa margem de diferenças entre marcas), as ceras são mais duradouras, graças a sua elevada viscosidade. Já no caso dos lubrificantes cerâmicos, por serem mais líquidos, mantém a transmissão mais limpa, porém duram menos que as ceras. Em ambos casos, especialmente no caso das ceras, é muito importante seguir as instruções de aplicação, começando por aplicar sobre a corrente completamente limpa e seca. Produtos de limpeza à base de derivados de petróleo, como diesel e querosene não são recomendados, pois deixarão na corrente uma camada que impedirá a correta aderência da cera ou das partículas cerâmicas.

Fonte: MTB Brasília

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Repondo energia durante o treino

Pedais muito longos, que se estendem por mais de uma hora em cima da bike e promovem um alto gasto calórico, exigem que o ciclista reponha energia e nutrientes durante o exercício para manter o corpo funcionando bem.

Pela facilidade e praticidade de consumi-los em cima da bike enquanto se pedala, suplementos como géis de carboidrato e bebidas esportivas costumam ser as fontes mais utilizadas nesses casos.

Mas muitos ciclistas não se sentem saciados ou bem reabastecidos apenas com gel e líquidos, preferindo um alimento mais sólido para ter mais sustância no pedal. Assim, lançam mão de “petiscos” que não são apenas fáceis de levar na bike, como também muito nutritivos e saborosos.

Confira algumas dicas de petiscos para repor a energia e o ânimo nos treinos

Rapadura

Boa, barata e nutritiva, é produzida a partir do caldo de cana-de-açúcar, sendo seu processo de fabricação praticamente artesanal e sem a utilização de ingredientes químicos. Possui carboidrato de alto índice glicêmico (rápida absorção), sais minerais, glicose e vitaminas. É uma excelente fonte de energia para os treinos longos e seu formato de tijolo facilita para carrega-la na bike.

Goiabada

Destaca-se por sua rica composição nutricional, que apresenta teores elevados de vitaminas, minerais, fibras, betacaroteno e licopeno. Tem bastante vitamina C, vitamina E e ácido fólico, além de ser uma melhor fonte de licopeno do que a própria goiaba – por ser mais concentrada -, carotenoide que tem propriedade antioxidante e previne doenças cardiovasculares e câncer.

Bisnagas com queijo branco e/ou pasta de amendoim

Pequenas e fáceis de transportar, as bisnagas de pão são fonte de carboidrato de alto índice glicêmico, que fornecem energia imediata. Já o queijo é fonte de proteínas, também encontradas na pasta de amendoim, que ainda é rica em fibras e gorduras boas. É só fazer pequenos sanduíches e embalar com papel alumínio para saborear durante o treino.

Mix de frutas secas e castanhas

As oleaginosas (como castanhas, amêndoas, pistaches, nozes, avelãs) e as frutas secas (damasco, ameixa, banana, uva-passa, etc) são petiscos muitos práticos para levar na bike. Além disso, são ricos em carboidratos, vitaminas, minerais e ômega 3, sendo ideais para a reposição de energia e nutrientes.

Bananinha (bananadas)

São fáceis de achar em lojas de doces, mercados e padarias. Desidratadas, são ricas em carboidratos e potássio. Possuem formato retangular, prático para carregar e consumir durante o pedal. Duas bananadas (30g) equivalem a um sachê de gel de carboidrato.

Batata-doce assada

Fonte de carboidratos complexos (de lenta absorção), contém vitaminas A e C, além de grande quantidade de fibras. Para levar na bike, a dica é corta-la em pedaços pequenos e embrulhar no alumínio. Ou ainda preparar práticos e deliciosos chips de batata-doce.

O ideal é sempre conversar com um nutricionista que poderá orientá-lo melhor. Bem alimentado e bem hidratado, os resultados serão sempre melhores.

Bom pedal!

Fontes: Geórgia Bachim, nutricionista e Nathali Oliani, nutróloga.