Os primeiros câmbios de cubo surgiram entre 1900 e 1930 para bicicletas urbanas, mas eram complexos e pesados, tornando-os impraticáveis para o ciclismo competitivo. Antes de 1936, a única maneira de trocar as marchas em competições como o Tour de France era invertendo a roda, que tinha um pinhão de cada lado do cubo, com tamanhos diferentes.
Mas, no final da década de 1930, o Tour de France permitiu o uso de câmbios de marcha, embora fossem diferentes dos modernos. Trocar as marchas exigia que os ciclistas se inclinassem para alcançar uma alavanca ao lado da roda.
Também nessa época, o fabricante norte-americano Simplex lançou o primeiro sistema de troca de marchas acionado por cabo, que usava um cabo e um conjunto de roldanas para mover a corrente entre as marchas. Desde então, os câmbios de bicicleta continuaram a evoluir, até chegarmos aos grupos eletrônicos atuais.
Saiba um pouco mais sobre eles:
1 – Facilidade de montagem
Diferente dos sistemas mecânicos, onde é preciso instalar o passador, o câmbio, passar o conduíte por dentro do quadro, passar o cabo e depois regular tudo, a instalação de um grupo eletrônico costuma ser mais simples, especialmente se ele for sem fios.
Neste tipo de grupo, basta instalar o trocador no guidão, o câmbio na gancheira e regular tudo, o que nos leva para a próxima vantagem dos câmbios eletrônicos. Isso é uma enorme vantagem para o consumidor, mas também para os fabricantes, que ganham a possibilidade de eliminar etapas na linha de montagem.
2 – Simplicidade e consistência da regulagem
O processo de regulagem de um câmbio mecânico pode ser bem intimidador para quem não está acostumado. Hoje, a maioria deles têm nada menos do que quatro regulagens diferentes, e errar em algumas delas pode ser literalmente catastrófico: em alguns casos, um acerto mal feito permite que a corrente caia atrás do cassete, o que pode destruir o câmbio, a corrente e ainda danificar a roda e o quadro da bike.
Via de regra, câmbios eletrônicos são bem mais fáceis de regular, bastando seguir os passos indicados pelo fabricante. Além disso, alguns conjuntos de última geração praticamente se regulam sozinhos.
Outro detalhe é que, nos mecânicos, fatores como a sujeira dentro dos conduítes e até mesmo o estiramento do cabo de aço podem prejudicar o funcionamento, algo que não acontece com os eletrônicos.
3 – Customização dos controles
Além de serem simples de regular, os grupos eletrônicos podem ser facilmente configurados com o uso de aplicativos do fabricante. Assim, o ciclista pode mudar a função de cada um dos botões e até mesmo instalar controles adicionais.
Em bikes de contra-relógio, por exemplo, este tipo de função permite a instalação de botões de troca de marcha na ponta do aerobar, que são aquelas extensões de guidão onde os cotovelos do ciclista ficam apoiados. Além disso, nas bikes de estrada, alguns ciclistas colocam botões de troca na parte de cima do guidão, e até mesmo embaixo, para trocar as marchas durante um sprint, por exemplo.
4 – Trocas mais macias
Mudar a marcha em um grupo eletrônico exige o mesmo esforço de apertar um botão no controle remoto da televisão, e isso pode ser extremamente valioso para quem busca mais conforto, mas também para quem vai encarar competições mais desafiadoras, onde até o cansaço dos dedos passa a ser um fator importante.
Por isso, muitos atletas consideram a redução da fadiga uma das maiores vantagens de bikes equipadas com este tipo de tecnologia.
5 – Integração com bikes elétricas
Em bikes que já vem equipada com um grupo Shimano eletrônico, tecnologias avançadas como o Free Shift permitem trocar as marchas da bike sem pedalar, de maneira automática ou manual. A função automática é ótima nas descidas, por exemplo, já que a bike sempre estará em uma marcha que permita que o ciclista pedale.
6 – Menos manutenção
De tempos em tempos, é preciso trocar os cabos e conduítes de bikes com grupos mecânicos e, dependendo da bicicleta, isso pode ser um trabalho bastante desafiador, que só pode ser feito por mecânicos treinados – pense naquela bike de estrada com cabos passando por dentro do guidão, da mesa e até mesmo pela caixa de direção.
Com os grupos eletrônicos, sejam eles com ou sem fios, essa tarefa simplesmente deixa de existir, já que os comandos do ciclista são transmitidos para os câmbios por meio de sinais elétricos ou por ondas.
7 – Mais durabilidade
Em um grupo mecânico, a velocidade máxima das trocas, e também a quantidade de marchas trocadas, depende apenas do ciclista. Em alguns casos, isso pode levar a situações onde o piloto “exagera” na mão, trocando as marchas de uma maneira que pode causar danos ao cassete e a corrente.
Por outro lado, os grupos eletrônicos têm estes fatores monitorados pelo próprio sistema, e por isso ele sempre vai trabalhar de forma a minimizar as chances de problemas mecânicos. Isso é especialmente importante para as bicicletas elétricas, onde a força do ciclista é somada com a do motor.
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