Bicicletas estão longe de serem todas iguais. Pequenos detalhes na estrutura da bike podem fazer toda a diferença, seja um quadro compacto que permite mais velocidade ou pneus mais largos para aguentar o tranco de solos irregulares. O tipo ideal vai depender da forma de uso: na cidade, em trilhas irregulares, para competição, para manobras ou até mesmo para passeios na praia ou no parque. A seguir, compare os modelos e saiba como escolher o melhor para você.
Terrenos irregulares
A Mountain Bike (MTB) é a preferida de muitos, pois serve para diversas finalidades: desde percorrer trilhas de terra até pedalar no asfalto.
O quadro costuma ser de material leve e resistente permitindo que a bicicleta seja facilmente carregada ou levada em viagens. Os pneus, mais largos e com cravos (pinos de aderência), são perfeitos para percorrer solos com buracos e lama. As marchas ajudam a enfrentar subidas e a suspensão (dianteira e/ou traseira) serve para dar mais conforto e estabilidade em solos irregulares.
Transporte urbano
Equipada com pneus mais finos e sem cravos, a mountain bike também pode ser uma boa opção para uso no asfalto. As marchas ajudam, principalmente, quando o percurso é cheio de subidas. Quando o terreno for mais plano e sem buracos ou necessidade de subir em calçadas, as bicicletas confort e road também podem ser usadas.
Passeios a lazer
Se o objetivo é apenas lazer – pedalar na praia, em parques ou apenas dentro do condomínio -, a confort bike é o modelo indicado. Como o nome diz, essa bicicleta deixa a pessoa em uma posição muito confortável. Ela é mais baixa, permitindo que o ciclista apoie os pés no chão sem ter que descer da bike.
O selim (banco) costuma ser bem confortável e há modelos com 18 ou mais marchas. No entanto, o quadro costuma ser de cromo, o que deixa a bike mais pesada e difícil de ser usada em subidas ou percursos mais longos.
Ciclismo
Bicicletas de corrida, como a road bike, são ótimas para estradas boas com solos perfeitos. Elas permitem percorrer grandes distâncias com facilidade e rapidez. O que mais a caracteriza é a geometria, já que o tubo do selim costuma formar um ângulo de 73 graus, formato ideal para a finalidade dessa bike.
Outra diferença esta nos pneus, o de competição costuma ser mais fino (entre 19 e 23 milímetros), enquanto o de treino pode ter 26 mm e o de percursos com solos mais irregulares, 26 e até 28 mm. A maioria desses modelos também apresentam marchas, embora nem sempre sejam muito utilizadas.
Triatlo
Para a prática de triatlo – combinação de natação, ciclismo e corrida -, há uma bike específica. É semelhante à de ciclismo, mas apresenta um ângulo do tubo de selim que varia entre 76 e 78 graus. Esse formato faz com que a pessoa fique mais deitada sobre a bicicleta – posição não muito confortável, mas que permite uma aerodinâmica melhor para pedalar contra o vento sem perder a velocidade. Além disso, a geometria poupa os músculos que serão utilizados na corrida a pé, após os 40 Km na bicicleta.
Manobras
Bikes BMX e free-style são menores e mais compactas, com aros 20 – ideais para serem manobradas. Com freio na dianteira, a pessoa consegue obter frenagens bruscas com mais eficiência e segurança, permitindo a realização de manobras como RL (empinar a bike para frente). O quadro pode ser de cromo, alumínio ou titânio e não é preciso ter marcha, já que o objetivo não é percorrer grandes distâncias com esse modelo.
Para mulheres
Os modelos femininos garantem mais conforto às mulheres ao montar e desmontar da bike, já que o tubo horizontal do quadro é mais inclinado. O peso também é mais leve, a suspensão é mais macia e o selim é desenhado especialmente para o tipo físico da mulher. Essas bicicletas costumam ser feitas de alumínio e carbono e podem ou não ter marchas.
Dobrável
Para quem quer mais segurança e praticidade para guardar a bicicleta, a dobrável pode ser uma ótima opção. É fácil de ser carregada no carro, no ônibus e no metrô e cabe em qualquer canto da casa. No entanto, vale lembrar que esses modelos são menores – aro entre 16 e 20 – e menos estáveis, não permitindo chegar a grandes velocidades.
Independente do tipo, é preciso fazer revisão regularmente para não ter surpresas na hora de pedalar e usar capacete, luzes e outros equipamentos que garantem maior segurança no trânsito. Fica a dica!