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Você sabe como lavar sua bicicleta? Veja essas dicas práticas.

Antes de tudo é necessário juntar os ingredientes: uma bacia ou um balde, algumas estopas ou panos velhos, uma esponja ou espuma, uma escova (como as usadas para lavar roupa), produto para limpar bike (sabão neutro ou detergente neutro também serve), água limpa e um removedor de graxa ou solvente (próprio para bike), um pincel ou escova de dentes macia.

Comece pelo conjunto de transmissão

Antes de jogar água em tudo, limpe seu conjunto de transmissão. Ele precisa de um ingrediente mais específico, que é um removedor de graxa. Você pode comprar esse produto em bicicletarias. Se não tiver condições, duas alternativas são querosene e removedor caseiro: misture partes iguais de detergente neutro (os normais são muito agressivos) e suco de limão filtrado.

Espalhe e esfregue o removedor na corrente com o pincel. Esse processo pode gerar bastante sujeira, então luvas e alguns sacos plásticos na bicicleta são bem vindos. A corrente literalmente vai ficar mais clara, parecendo nova. Faça a mesma coisa com as coroas, o cassete e as polias do câmbio traseiro. Você pode usar a estopa velha para conter o líquido removedor sujo que contém graxa diluída.

Depois lave o conjunto todo com água e sabão neutro.

Faça esse processo de modo a evitar respingar muito removedor nos cubos e movimento central. Cuidado para não respingar graxa ou outro lubrificante nas pastilhas de freio.

Molhe

Agora que a parte pesada foi feita, molhe sua bicicleta. Não precisa molhar tudo de uma vez, mas molhe pelo menos a parte que vai lavar primeiro. O importante é molhar corretamente: nunca use jatos de água contra ela. Lava-jato, então, nem pensar! Molhe a bike com uma mangueira, fazendo um spray ou leque suave.

Se a bike estiver com muita sujeira (barro acumulado), será melhor “derretê-lo” antes de prosseguir. Se não, ao esfregar um pano nela, as partículas do barro podem arranhar a pintura. Na maioria das vezes água e paciência resolvem, mas se necessário use algum solvente de sujeira próprio para isso.

Esfregue

Usando uma esponja ou um pano junto de limpador para bicicleta ou sabão neutro diluído em água, esfregue a bicicleta toda (menos pneus) para remover a sujeira. Em partes mais complicadas um pincel limpo pode ser útil.

Os pneus exigem a escova. Molhe-os, depois, usando a escova com limpador diluído em água, esfregue bem o pneu, tanto em cima quanto nas laterais.

Molhe de novo

Enxague bem toda a espuma que estiver na bike. Não deixe a espuma muito tempo; se dividir por partes, fica tudo mais bem feito. Mais uma vez, cuidado com jatos de água.

Secagem

Chacoalhe a bike ou bata os pneus dela no chão para remover o excesso de água. Você pode secar a bike com panos e toalhas. Se não quiser fazer isso, não precisa, mas ao menos seque as suspensões, principalmente o anel que as veda.

Mesmo secando a bike com toalhas, deixe também secar ao sol por algumas horas. O sol faz o processo completo de secagem por você.

Lubrificação

Depois de seca, lubrifique de novo tudo o que perdeu graxa: corrente, molas dos pedais de encaixe, cabos e condutores, canote de selim (apenas a base), engates rápidos (quick release) e outros. Remova os excessos. Tome cuidado para não deixar graxa ou lubrificantes atingirem as pastilhas de freio!

Cuidados

Se você usa freios a disco hidráulicos e remove a roda dianteira (ou ambas) para lavar a bicicleta, cuide muito para não acionar os freios enquanto lava a bike, ou os pistões de freio podem saltar para fora de suas posições. E isso só se concerta sangrando o freio. Existem sapatas que são colocadas entre as pastilhas para evitar isso. Mas um pedaço de plástico ou outro material que aguente pressão também pode ser usado.

Caso você não tenha tempo nem um local adequado para esse serviço, nós fazemos para você. Venha conhecer a Indy Bike e a nossa oficina especializada.

Deixe sua bike nas mãos de quem entende de bike!

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Como escolher o Pedal de Bicicleta ideal para você.

Conheça as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de pedais para MTB.

Os pedais são uma importante conexão do ciclista com a bicicleta. Afinal, é por meio deles que se transmite a potência para as pedaladas, além de possibilitarem controlar a bike e sentir o terreno para evitar derrapagens. Por isso, apresentamos os prós e contras dos principais sistemas dos diferentes tipos de pedais para que você possa escolher o que melhor atende a suas necessidades.

SPD

O sistema SPD (Shimano Pedaling Dynamics) foi desenvolvido pela japonesa Shimano, responsável pela popularização dos pedais de encaixe (clipless), e por isso é o mais encontrado no mercado. Por ser um dos tipos de pedais mais fechados, não é dos mais leves e pode apresentar dificuldade para encaixe e desencaixe se os orifícios entupirem de lama. Pede um ajuste criterioso dos taquinhos para evitar problemas no joelho, já que não oferecem folga para movimentação lateral — rotação dos pés. Todavia, são extremamente robustos e requerem pouca manutenção, sendo ideais para quem não quer ter problemas inesperados. Possuem ainda ajuste de tensão que permite um funcionamento fácil para quem está começando, ao mesmo tempo que evita desencaixes involuntários. Os modelos com esse sistema costumam ter um preço mais em conta.

EGG BEATER

Suavidade, baixo peso e excelente funcionamento na lama são os pontos fortes do sistema Egg Beater, da fabricante Crankbrothers. Diferentemente do SPD, eles permitem movimentação lateral, que pode ser ajustada em 15° ou 20° — com isso, o pé do ciclista encontra uma posição natural, ideal para quem tem problemas no joelho. Os pedais e taquinhos dessa marca, no entanto, requerem manutenção constante e não são raros os relatos de desgaste prematuro dos componentes. Outro detalhe é que não existe ajuste de tensão das molas. O preço desses modelos de sistema costuma ser superior ao do SPD.

ATAC

Apostando em um desenho de duas barras para um bom escoamento de lama, a Time desenvolveu o sistema Atac (Auto Tension Adjustment Concept). Embora não sejam tão leves quanto os Egg Beater, os pedais deste fabricante francês costumam pesar menos do que os SPD. Em alguns pedais da marca é possível ajustar separadamente a tensão da mola e o ângulo de liberação. Além disso, também têm jogo lateral para poupar os joelhos do ciclista. No quesito durabilidade, não são robustos como os SPD, mas também não são delicados como os Egg Beater. Modelos desse sistema costumam ser mais caros que os anteriores.

S-TRACK

Assim como a Time, a francesa Look apostou em um sistema para melhorar o funcionamento na lama. Batizado de S-Track, ele também dispõe de duas barras e em seus últimos modelos conta com taquinhos recortados e perfurados para não reterem sujeira. Apresentam boa durabilidade e o mecanismo de encaixe é bem protegido, evitando danos em batidas com pedras ou outros objetos. Nos últimos modelos da marca, o ângulo de liberação é de 15° e a altura do taquinho pode ser alterada com calços, o que garante a adaptação em qualquer sapatilha. Os modelos do sistema costumam ter um preço compatível com os Atac.

É bom conhecer os modelos que estão por aí no mercado, escolher o que melhor se adequa a modalidade que você pratica e partir pra pedalada.

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Você sabe como trocar as marchas da bike corretamente?

A possibilidade de mudar as marchas da bicicleta trouxe uma revolução, uma vez que permitiu que um maior número de pessoas conseguisse subir montanhas, andar mais rápido e cobrir uma maior distância sem se cansar tanto. Elas surgiram para facilitar e não para complicar! Entenda como funciona!

Cadência = Velocidade em que gira o pedivela

Para conseguir ter várias marchas, foi criado o sistema de transmissão. Então, o cassete nada mais é que várias engrenagens de diferentes tamanhos, colocados na roda traseira. Através do câmbio traseiro se pode alterar em qual catraca a corrente estará girando. Já no pedivela, são usadas diferentes coroas, com exatamente a mesma função e acionadas pelo câmbio dianteiro. Através do sistema é possível ter diferentes marchas sem a necessidade de trocar a roda inteira da bicicleta.

Conhecendo seu Sistema

Para trocar as marchas é preciso acionar o passador (ou trocador), que está no seu guidão, ao lado do freio. Dependendo do seu sistema, as mudanças de marcha são feitas através de uma alavanca, ou girando. Descubra em sua bike como fazer para diminuir e aumentar a marcha com o seu passador. Uma coisa que é comum em todos os sistemas é que o lado direito controla a mudança de marcha no cassete (roda de trás) e o lado esquerdo controla a mudança de marchas no pedivela. Descubra como seu sistema funciona e se habitue a ele. O processo deve ser automático na sua cabeça.

A marcha certa

Um dos principais erros de quem começa a andar em bicicleta com marcha é querer saber qual a marcha correta para uma determinada situação. Uma analogia que é feita é que as marchas da bike são como as marchas do carro. Como você sabe quando trocar a marcha do carro ? Você percebe que o carro está tendo dificuldade ou facilidade! A diferença é que o motor da bike é o próprio ciclista e cada um é mais ou menos forte do que outro. Vai ter ciclista que se sentirá confortável subindo com uma marcha mais pesada ou mais leve que outro, em uma mesma ladeira. Também como no carro, não é preciso esperar uma ladeira para trocar de marcha – elas foram feitas para serem trocadas com frequência, dependendo da sua velocidade, cadência, o quanto você está cansado e da inclinação do terreno. Troque de marcha sempre que achar adequado.

Passando suavemente

O sistema de transmissão é o que mais sofre desgaste na bicicleta. Além de mantê-lo limpo e lubrificado para diminuir o desgaste, é preciso estar atento para a mudança de marchas. Para trocar de marcha, independente de qual, é preciso estar pedalando. Apenas acionar a alavanca não faz com que a marcha seja alterada nos sistemas atuais. Você pode acionar a marcha sem estar pedalando, mas pedale o quanto antes para que a mudança seja efetivada.

Não mude de marcha se você estiver fazendo muita força no pedivela. O exemplo mais clássico é quando o ciclista entra em uma subida inclinada e não se antecipa para diminuir corretamente as marchas. Nesses casos, o pedivela acaba ficando pesado e a tendência é que ele pedale em pé, fazendo muita força e tente diminuir as marchas. Quando isso acontece, é comum ouvir um estalo alto e isso é muito prejudicial, podendo até estourar a corrente. A dica é que quando faça mudança nesta situações, tente aliviar por um momento a força feita nos pedais até que a mudança seja efetivada. Outra alternativa é, quando possível, mudar a direção da bike para a diagonal ou mesmo perpendicular à subida, para que seja possível pedalar de forma mais leve apenas para a mudança da marcha. O ideal mesmo é antecipar as mudanças de marchas para evitar essa situação, o que pode ser aprendido com experiência.

Não “cruze” a corrente

Esse é outro erro comum e pouco compreendido. Quando a corrente está na maior coroa e maior catraca do cassete e vice-versa, ela não está mais trabalhando em linha reta e essa situação é indesejável, pois quanto mais fora de linha reta, maior desgaste na transmissão. Neste momento surge uma pergunta: “Então eu não posso usar todas as marchas da bicicleta?” Não deve! Porém, isso não é um problema, uma vez que existem combinações de marchas que geram o mesmo torque ou bem próximos, isto é, uma bicicleta de muitas marchas vai ter algumas equivalentes. Para não “cruzar” a corrente, é preciso se habituar com a regra geral que diz que ao usar a coroa pequena, você não deve usar nenhuma catraca abaixo da 4ª maior. No caso da coroa do meio, é aceitável usar todas as marchas do cassete, exceto as duas últimas de cada lado, e no caso da coroa grande, o ideal é que não se passe da 4ª menor.

Veja abaixo o diagrama para entender melhor.

 

 

 

 

Mantenha o sistema de transmissão da sua bike sempre bem lubrificado e evite quebras. Faça a revisão periódica aqui na Indy Bike e pedale tranquilo!